Dermatologista e professora de Medicina da UnP, Emanuela Menezes explica que produto é essencial para prevenção contra o câncer de pele
Com a chegada do verão no próximo dia 21 e a campanha do Dezembro Laranja, que reforça a conscientização sobre a prevenção do câncer de pele, o uso correto do protetor solar ganha ainda mais destaque. Mas, diante da variedade de produtos disponíveis no mercado – com cor, sem cor, em textura líquida, creme ou spray, além do fator de proteção – qual é o mais indicado para proteger a pele de forma eficaz?
A dermatologista Emanuela Menezes, professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, reconhecida como o melhor ecossistema de educação em saúde do país, explica que o protetor solar ideal depende do tipo de pele e das necessidades específicas de cada pessoa. Além disso, o modo de aplicação e a frequência são tão importantes quanto a escolha do produto.
Com cor ou sem cor?
Os protetores solares com cor não só oferecem proteção contra os raios UV, mas também ajudam a criar uma barreira contra a luz visível, que pode agravar manchas como melasma. “Os protetores com cor são ideais para pessoas que se preocupam com uniformidade da pele ou têm condições como melasma. Já os sem cor podem ser mais práticos para quem busca principalmente a proteção UV”, explica a especialista.
Textura líquida, creme ou spray?
A textura do protetor solar também deve ser escolhida conforme o tipo de pele e a área de aplicação:
Líquido ou fluido: Indicado para peles oleosas, pois tem toque seco e não obstrui os poros.
Creme: Mais adequado para peles secas, já que oferece hidratação extra.
Spray: Embora seja prático, pode ser menos eficiente se não for espalhado uniformemente. “O spray é uma boa opção para reaplicações ao longo do dia, mas é essencial garantir que todas as áreas da pele estejam devidamente cobertas”, ressalta a dermatologista.
Fator de proteção
Peles claras ou sensíveis devem optar por protetores solares com FPS 50 ou superior, pois são mais suscetíveis a queimaduras solares e danos causados pelos raios UV. Já as peles morenas e negras, embora possuam mais melanina que oferece uma proteção natural, também precisam de protetores com FPS 30 ou superior para evitar manchas e prevenir o envelhecimento precoce. Durante atividades ao ar livre ou em locais de alta radiação solar, como praias ou montanhas, o ideal é utilizar um protetor com FPS 50 ou maior, garantindo uma proteção mais eficaz.
Aplicação correta
“Aplique uma quantidade generosa em todas as áreas expostas do corpo, incluindo rosto, orelhas, pescoço e mãos. Espalhe bem para evitar falhas. Reaplique o protetor a cada duas horas, ou imediatamente após sair da água. Não se esqueça de usar protetor mesmo em dias nublados ou durante atividades internas expostas à luz visível, como trabalhar perto de janelas”, cita a docente da UnP/Inspirali.
A campanha Dezembro Laranja é um movimento promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para alertar sobre os riscos do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum no Brasil. Estima-se que, em 2023, mais de 185 mil novos casos da doença tenham sido diagnosticados no país.
“O protetor solar é o principal aliado contra os danos causados pelos raios UV, que incluem queimaduras, envelhecimento precoce e, principalmente, o câncer de pele. A prevenção é sempre o melhor caminho”, alerta Emanuela Menezes.
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