Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nosso site. Alguns são necessários para o funcionamento do site, enquanto outros nos ajudam a entender como você o utiliza e a personalizar anúncios.
Com média de 9,6 anos de estudo, o Rio Grande do Norte é o estado do Nordeste onde a população com 15 anos ou mais permanece por mais tempo na escola. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referentes ao segundo trimestre de 2024, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (13). No ranking nacional, o estado ocupa a 16ª posição.
A pesquisa também indica uma redução gradual no analfabetismo no estado desde 2016, embora os índices ainda estejam acima da média nacional. Enquanto o Brasil registrou queda de 6,7% para 5,3% na taxa de analfabetismo entre 2016 e 2023, o Rio Grande do Norte teve redução de 13,8% para 10,4% no mesmo período. Na região metropolitana de Natal, o índice é menor, chegando a 4,7%.
As diferenças de gênero são marcantes: o analfabetismo entre homens potiguares atinge 13,5%, quase o dobro do registrado entre mulheres, que é de 7,7%. A população idosa também apresenta maior vulnerabilidade, com taxa que recuou de 38,7% para 27,8% entre quem tem mais de 60 anos.
No recorte racial, o IBGE destaca a persistência de disparidades. O analfabetismo entre pessoas pretas ou pardas caiu de 15,6% para 11,5%, enquanto entre brancos houve redução de 10,8% para 8,7%. Segundo o órgão, essas diferenças apontam para desafios que ainda precisam ser enfrentados pelas políticas públicas educacionais.
Quanto à escolaridade, houve avanços em todas as faixas etárias e gêneros. A proporção de pessoas sem instrução diminuiu entre mulheres, de 7,6% para 5,4%, enquanto permaneceu estável entre os homens, em 9,3%. O percentual de pessoas com ensino fundamental incompleto também caiu, e a conclusão do ensino médio aumentou, chegando a 28% nos homens e 30% nas mulheres.
O crescimento mais significativo ocorreu no ensino superior completo, principalmente entre mulheres, que passaram de 11,8% em 2016 para 16,5% em 2024. Entre os homens, o índice subiu de 7,7% para 12,4%.
"Esses dados revelam avanços educacionais gerais e um processo contínuo de maior escolarização feminina no estado", comentou o IBGE.